Banco Central autoriza PPP entre Afeam e grupo empresarial MG

MANAUS – Os contatos comerciais para firmar esta parceria entre a Agencia de Fomento do Estado do Amazonas ( Afeam) e o Grupo MG tiveram início em janeiro de 2007. A partir daí, técnicos da Afeam, juntamente com os empresários do Grupo MG, se empenharam em vários estudos econômicos sobre a atual situação do setor de fibras, bem como as perspectivas de mercado, principalmente no que envolve a geração de emprego e renda no interior do Amazonas.

Segundo o presidente da Afeam, Pedro Falabella, "a parceria é entendida pelo Governo do Estado, como a revitalização de uma atividade tradicional no Amazonas, que não prejudica o meio ambiente, e mantêm o compromisso da administração atual, com a sustentabilidade, uma vez que é feita nas várzeas dos rios, concentrando no município de Manacapuru, região do Médio Amazonas a maior produção”.

Falabella afirmou que “além da revitalização do setor, a Parceria Pública Privada (PPP) possibilitará também, a modernização do parque fabril, que será feita pela Brasjuta da Amazônia, nome de fantasia adotado pela empresa". O presidente da Afeam destacou ainda, a geração de 300 empregos diretos com o empreendimento em sua primeira fase, distribuídos entre o Pólo Industrial de Manaus, onde será instalada a Planta Industrial Principal e em Manacapuru, onde ficará a Planta Industrial Secundária, proporcionando ao interior do estado, grande circulação de renda.

“Podemos observar que não se trata apenas de um bom investimento econômico do qual o Governo do Estado será sócio. Trata-se principalmente de um excelente investimento social, que é o objetivo maior do Governo Eduardo Braga, com a geração de milhares de ocupações indiretas no interior do Amazonas, com uma atividade de curtíssimo prazo, mercado garantido e sem dedicação exclusiva", enfatizou Pedro Falabella.

Falabella explicou como foi feita a composição acionária da empresa: “A Brasjuta da Amazônia, é uma Sociedade Anônima de Capital Fechado, cujo investimento inicial sugerido é de R$ 20 milhões, sendo que desse montante, R$ 9 milhões foram integralizados ao patrimônio da empresa pela Afeam, o que equivale a 45% do capital e o restante, R$ 11 milhões, representando 55%, foi integralizado pelo Grupo MG”.

Inovação Tecnológica
Segundo informações vindas dos sócios, como parte do estudo realizado pelo Grupo MG, o empresário e Economista Sebastião do Nascimento Guerreiro visitou em setembro de 2007, a ITMA 2007, Feira Mundial do Maquinário para a Indústria Têxtil, na Alemanha, a fim de pesquisar o maquinário para as fábricas.  Além disso, em Janeiro de 2008, os irmãos Mário e Sebastião do Nascimento Guerreiro, cumpriram extensa agenda por países dos continentes Asiáticos e Europeus, onde se encontram as maiores indústrias de fibras e os maiores fabricantes de maquinários para o setor têxtil do mundo.

Com todo esse aporte tecnológico e de investimentos, os empresários destacam que com a concretização deste empreendimento, o Amazonas passará a reativar a produção de fibras em todo o estado, procurando evitar a importação de fibra, uma vez que nos últimos meses foram internadas no estado do Pará, cerca de 20.000 toneladas vindas de Bangladesh, para serem utilizadas nas indústrias localizadas naquele estado.

Os empresários afirmaram que a industrialização no Amazonas completa o Arranjo Produtivo Local da Juta, garantindo ao juticultor a comercialização do seu produto.