AFEAM e Sistema Sepror definem estratégias para o setor primário, com orçamento inicial de R$ 40 milhões para 2018

Potencializar o investimento nas cadeias produtivas, como a da mandioca, piscicultura e polpas de frutas, aproveitando as potencialidades de cada região; ampliação da oferta de assistência técnica ao produtor rural e maior apoio às feiras agropecuárias. Essas foram algumas das diretrizes traçadas pelo Governo do Amazonas, em reunião nesta segunda-feira, dia 30, entre a Agência de Fomento do Estado do Amazonas S.A. (AFEAM) e o Sistema Sepror – Secretaria de Produção Rural, Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável (Idam) e Agência de Desenvolvimento Sustentável (ADS).

Na primeira reunião entre os órgãos com a finalidade de ampliar os investimentos no desenvolvimento social e econômico do interior do Estado, o presidente da AFEAM, Alex Del Giglio, anunciou um orçamento inicial de R$ 40 milhões que a Agência de Fomento está destinando para essa finalidade em 2018. “Nada impede que esse valor seja ampliado. Tudo dependerá do planejamento que estamos iniciando hoje em conjunto com a Sepror”, destacou.

No encontro, na sede da AFEAM, o presidente da Agência de Fomento, o secretário de Produção Rural, José Aparecido, e o presidente do IDAM, João Campelo, afirmaram que o investimento prioritário será nas cadeias produtivas em plena atividade, muitas com parte da capacidade de produção ociosa, para que a união de esforços do Estado potencializem no curto prazo a geração de emprego e renda no interior. “Em tudo se faz necessário a extensão rural. Além do crédito, temos que disponibilizar o técnico, o agrônomo, o veterinário e nisso vamos trabalhar fortemente”, destacou José Aparecido.

O presidente do IDAM ressaltou que paralelo a todo esse esforço, de alocação de recursos e de assistência técnica, parcerias serão buscadas para assegurar a compra da produção. “Por intermédio da ADS, da Seduc (Secretaria de Estado de Educação), com os prefeitos, vamos garantir que o produtor tenha para quem vender. Vamos estimular a regionalização da merenda, entre outras medidas, pois assim também garantimos o retorno do financiamento, além de alcançarmos o nosso objetivo, que é melhorar a qualidade de vida no interior”, exemplificou João Campelo.

Dos R$ 40 milhões iniciais que a AFEAM está destinando ao setor primário no orçamento da Instituição em 2018, R$ 20 milhões são para projetos estruturantes, R$ 15 milhões para o microcrédito e R$ 5 milhões para investimento em feiras e exposições agropecuárias, explicou o Diretor de Crédito da AFEAM, Jacques Douglas. Com relação às cadeias produtivas, que terão apoio especial do Governo do Amazonas, estão inclusos, por exemplo, o custeio, a comercialização de produtos, a mecanização agrícola.

Recentemente, a AFEAM concluiu projeto voltado à revitalização da cadeia produtiva da castanha, com investimento que beneficiará, de início, 4,5 mil famílias que coletam a amêndoa, além das cooperativas que processam o produto em usinas próprias. Um dos diferenciais do projeto é que a compra da castanha é garantida, por empresa que a exportará para os Estados Unidos. Nas próximas semanas, o contrato de financiamento com as cooperativas será assinado. No mercado internacional, a Bolívia é o maior exportador, com boa parte da castanha coletada no próprio Amazonas.